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Equipe de robótica da UFPE levanta fundos para ir à copa mundial de robôs, na Tailândia

 

O estudantes, Riei Joaquim, Pedro Cunha, João Pedro, Driele Pires, Matheus Andrade e Thiago Araújo, integrantes da equipe RoboCIn – Alexandre Aroeira / Folha de Pernambuco

A RoboCIn é formada por alunos de diversas áreas da Tecnologia da Informação (TI) e de engenharia

Este ano será especial para quem gosta de futebol. Haverá duas copas do mundo: uma no Qatar e outra na Tailândia. Um detalhe importante: nesta última, que acontece entre os dias 11 e 17 de julho, apenas robôs podem entrar em campo. O RoboCup é um campeonato organizado pela federação de mesmo nome, e, em 2022, celebra 25 anos de existência.

Pernambuco pode ter, mais uma vez, representantes na competição. A RoboCIn, equipe formada por alunos de diversas áreas da Tecnologia da Informação (TI) e de engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), já disputou a copa em 2021, quando ficou em 3º lugar. À época, o evento foi realizado no formato remoto, por causa da pandemia de Covid-19.

Para participar agora, no entanto, o grupo precisa arrecadar fundos para custear inscrições dos participantes e a viagem à Tailândia, o que inclui passagens, hospedagens e alimentação. Juntos desde 2015 no projeto, os participantes já disputaram outras importantes competições a nível internacional, a exemplo da Latino-Americana de Robótica (LARC), há sete anos.

Na RoboCup 2022, a equipe deve participar de duas das 5 categorias do campeonato: a Small Sized League (SSL), categoria que rendeu o 3º lugar no ranking mundial, e a de Simulação (2D), na qual o grupo ficou em 7º lugar no ano passado.

Os dois grupos reúnem 18 pessoas no total, sendo 11 estudantes do SSL e sete do 2D. Por conta dos custos, no entanto, apenas nove estarão presentes na competição em Bangkok.

Os nove estudantes confirmados para irem à Tailândia são José Victor Silva Cruz (SSL), Riei Joaquim Matos Rodrigues (SSL), Ryan Vinicius Santos Morais (SSL), Pedro Vitor Cunha (2D), Cecilia Virginia Santos Silva  (SSL), João Guilherme Oliveira Carvalho de Melo (2D), Matheus Vinicius Teotonio do Nascimento Andrade (SSL) , Lucas Henrique Cavalcanti Santos (SSL) e Felipe Bezerra Martins (SSL).

Como ajudar

O grupo abriu um financiamento coletivo que pode ser acessado tanto pelas redes sociais da equipe quanto no site Vakinha. Mesmo sendo uma competição voltada para o incentivo na área, os custos acabam sendo altos. Só a inscrição de cada aluno chega a US$ 400 (convertido, algo perto dos R$ 2000), além do custo de inscrição da equipe, que somam mais 800 dólares para a conta.

Os estudantes ainda brincam que os maiores patrocinadores foram as próprias famílias, mas Pedro Cunha, estudante de engenharia da computação, ressalta que a equipe vai deixar a vakinha disponível até o dia 11 de julho, dia do início da competição.

A meta da equipe é bater R$ 20 mil. Desse valor, já conseguiram pouco mais da metade, R$ 11 mil.

Por que a competição é tão importante? 

Segundo a organização, o objetivo principal do campeonato é o desenvolvimento da área da robótica através do esporte. Ou seja, enquanto as equipes desenvolvem os “jogadores”, toda a técnica, tecnologia e pesquisa realizada empregadas se voltam para outras áreas

“A gente aplica no futebol, mas essas técnicas podem produzir robôs autônomos para a indústria, na agricultura, em hospitais, como é o caso dos robôs de desinfecção. Então tudo o que a gente usa aqui pode ser aplicado”, afirma Edna Barros, professora responsável pela equipe.

A cada ano de competição que passa, as regras mudam para justamente incentivar essas mudanças na área e novas pesquisas são desenvolvidas por parte dos alunos. O desafio da vez, por exemplo, é dar visão aos robôs. Eles têm que ser capazes, através de uma câmera própria, de se movimentar através do campo, identificar a bola e marcar o gol.

Pode até parecer uma tarefa simples, mas não é bem assim. Driele Pires, 21, estudante de engenharia eletrônica da universidade, não está no grupo que fará a viagem, mas trabalha no projeto e fala como é um trabalho de mínimos detalhes.

“Eu sou da parte de eletrônica. É a parte que eu mais gosto, mas também é a que eu acho mais desafiadora, porque ela leva tempo, mas é muito trabalho manual. A gente tem que desenvolver, aplicar o que a gente aprende na graduação e existem várias coisas que precisamos observar para fazer a placa, por exemplo. Porque muitas coisas podem interferir, como a oscilação que pode acontecer dentro dela”, afirma a estudante.

Os detalhes começam até mesmo nas inscrições para a copa, como aponta Riei Joaquim, estudante de Engenharia da Computação da UFPE, de 21 anos.

“Para participar da RoboCup, existem algumas etapas. Você tem que submeter um TDP, onde você descreve as coisas que foram melhoradas, porque tipo, como é um trabalho também acadêmico, você tem que mostrar que está avançando com seu projeto e evoluindo ele. E nisso você contribui até para as outras equipes, até porque nos baseamos muito nos trabalhos das outras equipes”

A copa dos robôs pode ser acompanhada através do canal no YouTube da RoboCIn, que também conta com um perfil na Twitch para esse evento como também pelo da organização do evento

Fonte: Folha de Pernambuco

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Evandro Lira

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