Uma decisão do Ministério da Saúde deixou 123 municípios de Pernambuco de fora da lista de localidades que recebem incentivos financeiros para implementação de ações de Atividade Física (IAF) na Atenção Primária à Saúde (APS). Cidades importantes como Recife, Jaboatão dos Guararapes, Petrolina, Caruaru, Araripina, Garanhuns, e outras, foram afetadas por essa medida.
Segundo o Ministério, esses municípios não cumpriram os critérios de produção e registro das fichas de atividades coletivas voltadas para a educação física. No total, 1.518 municípios brasileiros ficarão sem o incentivo, o que impacta negativamente na promoção da saúde e no combate a doenças.
Diante desse cenário, o Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco enfatiza a necessidade de mais profissionais da área inseridos no Sistema Único de Saúde (SUS), além de locais como Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidade Básica de Saúde (UBS) e academias públicas.
“O exercício físico orientado por Profissional de Educação Física é um dos principais aliados à saúde física e mental. A sociedade precisa cobrar dos governantes a presença do Profissional de Educação Física em diversas instâncias públicas para prevenir e curar doenças metabólicas, cardiovasculares, pulmonares, musculoesqueléticas, psiquiátricas, neurológicas e outras”, afirmou o presidente do CREF12/PE, Prof. Lúcio Beltrão.
A prática de exercícios físicos, orientada por profissionais, é uma aliada para combater doenças físicas e mentais, além de melhorar a qualidade de vida. Essas atividades também ajudam a prevenir doenças graves, como câncer, diabetes, cardiopatia e acidente vascular cerebral, reduzindo a mortalidade por todas as causas.
O Brasil é considerado o país mais sedentário da América Latina e o quinto do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relata que aproximadamente 47% dos brasileiros são sedentários, com uma porcentagem ainda mais alarmante entre os jovens, atingindo 84%.