Trabalho foi centralizado, durante a tarde, na Praia do Leão, local onde maior parte dos resíduos foi encontrada. Origem é desconhecida.
Um mutirão de limpeza foi realizado na Praia do Leão, na tarde deste sábado (14), em Fernando de Noronha, para recolher os fragmentos de óleo e lixo oceânico que chegaram à ilha. O trabalho foi coordenado pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). De acordo com o Instituto, foram recolhidos aproximadamente 500 quilos de resíduos.
Ainda não há informações sobre a origem do material. “Nesse momento a gente não consegue saber qual é a origem. O normal é fazer a coleta e levar para análise. Depois disso a gente consegue ter ideia se é recente ou não e qual é a origem. Normalmente é via navio, mas a gente não sabe o que aconteceu, de onde veio, ainda é uma incógnita”, afirmou a chefe do ICMBio em Noronha, Carla Guaitanele.
De acordo com ela, a maior parte do material encontrado é composto por plástico envolvo em óleo.
“A maior parte é piche associado com algum plástico. A impressão que dá é que ele [o óleo] conseguiu buscar uma corrente boa, associou com esse lixo marinho e aí conseguiu chegar na praia. Muita tampinha de plástico e diversos lixos marinhos”, resumiu.
A coleta de material foi realizada em dois turnos. Pela manhã, voluntários foram também às praias do Sueste, Caieras e Enseada do Abreu.
Cerca de 50 pessoas, ligadas a diversas instituições, participaram da ação. Estiveram no mutirão, além dos servidores do ICMBio, militares da Marinha, técnicos da Administração da Ilha, policiais militares, ambientalistas e moradores de Noronha.
O material foi pesado e acondicionado para a destinação. De acordo com Carla Guaitanele, amostras serão enviadas para o continente, com todos os cuidados indicados para resíduos desse tipo. “Vamos enviar para diversas universidades e para a Marinha do Brasil, que tem uma área específica para avaliações desse tipo”.
Se houver necessidade, um novo mutirão pode ser feito. “Amanhã [domingo, 15] faremos o monitoramento pela manhã, para identificar locais e quantitativo de material para podermos planejar novo mutirão pela tarde nos pontos mais significativos”, completou.
O servidor do ICMbio Ricardo Araújo ficou impressionado com a quantidade recolhida. “O óleo se mistura com o lixo marinho e chega em Noronha. Nós nunca registramos tanto óleo, estou na ilha há 11 anos e nunca vi essa quantidade de óleo em Fernando de Noronha”, afirmou.
A gestora de uma agência de receptivo, Caroline Maria Souza, participou do trabalho como voluntária. “Eu resolvi participar porque é desesperador ver a cena, por isso decidi recolher os resíduos de óleo e o lixo”.
A Marinha do Brasil informou, por meio de nota, que a Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE), tomou conhecimento, na manhã deste sábado (14), do aparecimento de vestígios de óleo em praias de Fernando de Noronha.
“As equipes da CPPE coletaram amostras do material, que serão enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM)”, afirma o texto.
Fragmentos de óleo surgiram em pontos do litoral do Nordeste e estados do Sudeste a partir de agosto de 2019. A substância era mesma em todos os locais: petróleo cru. O fenômeno afetou a vida de animais marinhos e causou impactos nas cidades litorâneas. A origem do óleo ainda é desconhecida.
Inicialmente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou que as primeiras manchas apareceram em 2 de setembro nas cidades de Ipojuca e Olinda, no Grande Recife. Depois o instituto concluiu que os primeiros registros nas praias surgiram em 30 de agosto na Paraíba, em Tambaba e Gramame, no município de Conde, e na Praia Bela, em Pitimbu.
Em Pernambuco, manchas de óleo foram localizadas em 48 localidades e em oito rios. Ao todo, 13 municípios registraram danos. Foram coletados, desde agosto de 2019, 1.650 toneladas de resíduos.
Este ano, houve chegada de lixo a várias praias da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Ao menos 46 toneladas de lixo foram retiradas, no fim de abril. A origem dos resíduos ainda é desconhecida.
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