O Secretário do Povo

 

Para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, que começou domingo e se encerra dia 12 , apenas 4 representantes de Pernambuco fazem parte da comitiva: o governador Paulo Câmara (PSB), o deputado Carlos Veras (PT), o secretário de Meio Ambiente, José Bertotti, e a Secretária executiva de meio-ambiente, Inamara Melo. Como todos são do campo político oposicionista ao presidente  Bolsonaro (sem partido), é esperado que se adote o tom mais crítico com relação às ações e anúncios vindos do governo federal no evento. 190 países A conferência mundial do Clima vai reunir 190 países e debater soluções mais energéticas para lidar com o aquecimento global.

Carlos Veras, que é presidente da comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, reforça a importância da pauta. “Vamos participar das mesas temáticas, das conferências, dos debates e das discussões. Falaremos sobre as questões relacionadas ao clima, e dentro disso, sobre a fome, a agricultura familiar, temos um problema grave: a pulverização do agrotóxico”, enumerou o parlamentar.

Na avaliação do Secretário de Meio Ambiente José Bertotti, o início da participação do Brasil na Conferência não foi satisfatório. O auxiliar ponderou que não foram apresentadas medidas concretas para reduzir as queimadas na amazônia, por exemplo, então pode-se registrar maiores problemas de redução de gases de efeito estufa. “Eu acabei de ler o que foi anunciado pelo governo federal em relação à meta de redução de gases de efeito estufa, e não aumentam, pelo contrário, ficam no zero a zero, das emissões climáticas que o Brasil deveria assumir”, citou Bertotti.

“Mas é bom lembrar que o Brasil é uma federação. Ele tem presidente da República, tem governadores, tem prefeitos e na área ambiental tem responsabilidades. E se o governo federal não cumpre, os estados estão dando exemplos de cumprimento em compromissos climáticos para a melhoria do meio ambiente e de novas alternativas de cumprimento que garantam que a gente continue vivo na face da terra”, completou o Secretário de Meio Ambiente de Pernambuco.

Segundo Bertotti, Pernambuco  apresentará programas estratégicos para dirimir os impactos desta realidade e buscar condições de convivência com as mudanças climáticas. O Estado de Pernambuco é um dos mais atingidos pelos efeitos das mudanças do clima, com uma ameaça gradual de desertificação de mais de 90% do território estadual e por outro lado a erosão costeira, causada pelo aumento do nível do mar, o que leva Recife a ser a 16ª cidade mais vulnerável  do mundo frente aos impactos climáticos. A partir desta realidade, o Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, vem desenvolvendo programas importantes para dirimir estes impactos destas mudanças climáticas, tais como: Inventário de Carbono; Pernambuco Carbono Neutro; Refloresta Pe; UC Pernambuco; Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI); Fortalecimento do Sisemas.

 

Fonte: Folha de Pernambuco