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Projeto Ler para Ser percorre municípios pernambucanos a partir desta segunda

19 dez 2021|Postado em:Notícias

 

Projeto Ler para Ser percorre municípios pernambucanos a partir desta segunda

 Foto: Divulgação/ Jennyfhem Mendonça

A ação visa a levar atividades de cunho social, cultural e educativa de forma gratuita para a população em vulnerabilidade social

A partir da próxima segunda-feira (20), o Projeto Ler para Ser vai percorrer municípios da Zona da Mata, Sertão, Agreste e Região Metropolitana do Recife que apresentam os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) de Pernambuco.

A ação visa a levar atividades de cunho social, cultural e educativa de forma gratuita para a população em vulnerabilidade social. O projeto tem o apoio do Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura.

Segundos estudos recentes, cerca de 41% da população pernambucana estão incluídas na faixa de pobreza, com infraestrutura precária, baixíssimos índices de crianças na escola, alto índice de analfabetismo, falta de bibliotecas e espaços de leitura. Além disso, boa parte da população vive com renda mensal inferior a R$ 145.

Comunidade Quilombola Sítio Chã dos Negros

A primeira localidade contemplada com o projeto será acomunidade Quilombola Sítio Chã dos Negros, localizada na Zona Rural da cidade de Passira, no Agreste. Pertencente a uma área de Patrimônio Material e Imaterial do país, que tem origem no século XVIII, o local, que abriga mais de 150 famílias de origem dos escravos e índios, será a porta de entrada para as atividades na região.

No local, o projeto pretende desenvolver atividades práticas apropriadas às novas formas de aprendizagem, com atividades lúdicas e interativas para a comunidade. Entre elas, a oficinas de contação de histórias para crianças a partir dos 6 anos ministradas pelo arte-educador Anderson Abreu. Já as atividades de mediação de leitura têm à frente o arte-educador Guga Bezerra.

Atividades desenvolvidas

Cada município vai receber a ‘Caixa de Histórias’, uma espécie de biblioteca itinerante sobre rodas, que será doada pelo projeto para a comunidade. Dentro dela, um acervo de livros, com recursos de acessibilidade em Braille, Libras e audiolivros, voltados para o público infantil, juvenil e adulto, com títulos que abordam questões relacionadas à identidade negra, indígena, direitos das pessoas LGBTQIA +, feminismo, mediação de conflitos, inclusão social, cultura, entre outras abordagens.

A ação também contará com atividades voltadas para professores, educadores sociais e agentes culturais. A ideia é apresentar novas metodologias e práticas destinadas aos docentes comprometidos com uma aprendizagem inclusiva, que estimule o público adulto a utilizar a mediação de leitura como ferramenta de educação e cultura nas cidades, além de orientá-los para estimular o público a fazer bom uso do acervo dos livros doados pelo projeto.

A equipe do projeto é formada por profissionais das quatro macrorregiões, com experiência comprovada nas suas atribuições. A estratégia é valorizar a mão de obra local, estimulando o desenvolvimento da cadeia produtiva de cultura pernambucana e contribuindo para a difusão e manutenção das atividades dos Pontos de Cultura.

Transformação nas comunidades

Segundo Eliz Galvão, produtora cultural e idealizadora do projeto, o intuito do Projeto Ler para Ser é transformar a realidade dessas pessoas, por meio do acesso à leitura.

“Fazendo um mapeamento de mestres e mestras de tradição oral, em 2019, percebi muitas dificuldades no acesso ao livro e à leitura. E me chamou atenção o sonho de algumas mulheres do quilombo do Sítio Chã dos Negros. Ouvi delas, depois de uma oficina de contação de histórias, que o maior sonho delas era poder saber ler e escrever, e por isso elas se esforçaram para que os filhos e netos estudassem porque, segundo elas, só assim eles seriam alguém na vida”, destacou Eliz.

Demais municípios 

Além da cidade de Passira (Agreste), o projeto também vai passar, até o fim do primeiro semestre de 2022, pelos municípios de Araçoiaba (Região Metropolitana), Joaquim Nabuco (Zona da Mata Sul) e Manari, localizada no Sertão, que tem o pior IDH de Pernambuco. Todos serão contemplados com as mesmas atividades. A expectativa é que mais de 200 pessoas sejam impactadas pelo projeto.

Em todos os municípios, as inscrições para oficinas serão realizadas com apoio dos Pontos de Cultura e Grupos Culturais locais. Ao todo, são 25 vagas por oficina. Todos os participantes terão acesso a lanches, fardamento, material didático e certificado.

 

Fonte: Folha de Pernambuco

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