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Sem muito o que comemorar: mulheres ainda ganham menos que homens no mercado de trabalho

O mês de março é dedicado à celebração das conquistas femininas pela igualdade de direitos sociais. Porém, quando o assunto é igualdade salarial, não há muito o que comemorar. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) apontam que as mulheres ainda ganham, em média, 21% a menos que os homens, inclusive em setores nos quais elas são maioria – saúde, educação e serviços sociais.

De acordo com a procuradora do Trabalho e coordenadora nacional e regional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (COORDIGUALDADE), Melícia Carvalho Mesel, essa situação não está relacionada à falta de qualificação ou formação acadêmica. O fato é que as mulheres ainda precisam lidar com o preconceito no mundo do trabalho, sobretudo as mulheres negras, mães, com deficiência e trans.

“O compromisso com a igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho é responsabilidade de toda a sociedade. Não basta assegurarmos que as mulheres tenham espaço no mercado de trabalho. É preciso garantir que elas tenham condições de permanecer e, sobretudo, de ascender aos espaços de poder, ainda tão pouco ocupados por representações femininas”, comenta a procuradora do Trabalho.

Para esse cenário mudar, segundo Melícia Carvalho Mesel, ainda é preciso avançar em várias frentes. “Precisamos mudar o jogo de ganha-perde que, nós mulheres, vivenciamos diariamente. A Lei 14.457/2022, por exemplo, prevê o reembolso-creche, mas retira a obrigação de as empresas manterem um espaço para que as mães possam amamentar e estar com seus filhos”, exemplificou a procuradora do Trabalho.

DEBATE

Para ampliar a discussão sobre o tema, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, promove, nesta quarta-feira (29), roda de debate sobre os obstáculos para que alcancemos a igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho. O encontro acontece às 10h, na sede do órgão ministerial no Recife, no bairro do Espinheiro.

Além da coordenadora nacional e regional da COORDIGUALDADE, a procuradora do Trabalho Melícia Carvalho Mesel, o debate conta com a participação da secretária da Mulher de Pernambuco, Regina Célia Almeida, da procuradora Regional do Trabalho, Elizabeth Veiga e da cineasta Kátia Mesel, diretora do filme “PARTO SIM”, que será exibido na ocasião.

Etarismo, discriminação racial, licença parental, diferença salarial e presença em cargos de lideranças serão alguns dos temas colocados para debate. A participação é aberta ao público, sugerindo-se a entrega de 1 kg de alimento para destinação à entidade de atendimento à população vulnerável.

 

 

Assessoria de Comunicação

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Evandro Lira

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