Devem ser atingidos todos os procedimentos eletivos sem urgência, desde atendimentos ambulatoriais e consultas médicas até cirurgias programadas – Foto: Divulgação
O Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisa e Análises Clínicas do Estado de Pernambuco (Sindhospe) anunciou que suspenderá todos os procedimentos eletivos do Sistema Estadual de Assistência à Saúde dos Servidores Estaduais de Pernambuco (Sassepe) devido a atrasos nos pagamentos do governo estadual. A suspensão está prevista para começar em 27 de março.
A decisão de suspender os procedimentos não urgentes, incluindo consultas ambulatoriais, consultas e cirurgias agendadas, foi tomada durante assembleia realizada pelo Sindhospe na última quarta-feira. As operadoras de saúde privadas que fazem parte do plano de saúde estadual estão aguardando o pagamento há quase um ano e estão lutando para manter suas operações.
O Sindhospe já enviou vários ofícios ao Sassepe, mas afirma não ter recebido resposta do Instituto de Recursos Humanos de Pernambuco (IRH-PE), que administra o plano de saúde. A organização planeja apresentar um documento ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para destacar a situação.
Alguns estabelecimentos privados de saúde já suspenderam seus serviços para usuários do Sassepe e, segundo o Sindhospe, extraoficialmente, 10% de seus associados deixaram de atender pacientes cobertos pelo plano de saúde estadual.
A situação foi agravada pela reformulação do Sassepe após a mudança de governo estadual no início deste ano. A decisão do Sindhospe de suspender os procedimentos eletivos visa pressionar o governo a pagar as dívidas pendentes devidas a prestadores de serviços de saúde privados.
A Folha de Pernambuco entrou em contato com o governo do estado para um comunicado, mas até a publicação deste artigo, não houve resposta.
A suspensão de procedimentos eletivos para o plano de saúde estadual provavelmente afetará os pacientes que dependem do plano para suas necessidades médicas. A medida do Sindhospe ressalta o impacto dos pagamentos atrasados sobre os prestadores de serviços de saúde e a necessidade de o governo garantir pagamentos oportunos para garantir a continuidade dos serviços de saúde para seus cidadãos.
Informações: Folha de Pernambuco
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