Para marcar a inauguração, foi exibido o filme “A Viagem de Pedro”, da cineasta Laís Bodanzky. Protagonizado pelo ator Cauã Reymond, o longa é inspirado na vida do imperador Dom Pedro I. A primeira sessão, restrita para convidados, ocorreu às 16h. À noite, às 19h30, acontece a exibição aberta ao público, que pôde adquirir os ingressos gratuitamente pela plataforma Sympla.

A mesa de abertura do evento de inauguração foi composta pelos presidentes da Fundaj e do Porto Digital, Antônio Campos e Pierre Lucena, respectivamente, e também pelo diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj, Mario Helio, e pelo cientista e um dos fundadores do Porto Digital, Silvio Meira.

“Esse momento é importante porque marca a chegada da Fundaj aqui no Bairro do Recife, embarcando no Porto Digital. Eu acho que isso faz todo sentido para a gente pela relevância que isso traz para a economia criativa do bairro”, comentou Lucena.

O presidente do Porto Digital também destacou o caráter social do equipamento cultural. “Essa é a primeira das parcerias e marca logo a chegada de um equipamento fantástico que é um cinema aqui para o bairro. E um fato importante é que a comunidade do Pilar entra de graça no cinema”, disse.

Antônio Campos ressaltou o valor da parceria para o cenário nacional. “Esse é um momento especial, uma parceria da Fundaj com o Porto Digital, que é algo de muito expressão para Pernambuco e o Brasil: entregar um equipamento de um cinema para o centro do Recife, num esforço de retomada também do centro do Recife. Nós estamos muito felizes com a entrega e com isso consolida a Fundaj como polo de cinema importante no Nordeste do Brasil”, pontuou.

Para o diretor de Cultura e Arte da Fundaj, Mario Helio, a importância do novo equipamento cultural se dá não somente pelo espaço em si, mas pela retomada de uma história e preservação da memória.

“Ter um cinema no Bairro do Recife não é somente algo simbólico e que dialoga com a própria história do bairro que ao longo do tempo sofreu muito em relação a querer manter o seu patrimônio arquitetônico, histórico. O Porto Digital, que trabalha com a mais alta tecnologia, contribui para a revitalização desse bairro, para a força do Bairro do Recife. Então, essa ação do Porto Digital, em conjunto com a Fundaj, reúne coisas que hoje são fundamentais, como o patrimônio, a memória e a tecnologia”, afirmou.

O professor Silvio Meira também reforçou a importância do Cinema do Porto como um novo local para promover cultura e reflexões. “Esse é um cinema no centro, é mais uma ação para recuperar, para redesenhar, para reposicionar o centro do Recife. Esse é um cinema com uma programação cultural, uma programação política, de reflexão, como são os outros cinemas da Fundaj. É um cinema para pensar”, frisou.

Segundo a coordenadora de Programação do Cinema da Fundaj, Ana Farache, após a inauguração deste domingo, haverá o recesso de fim de ano e o cinema funcionará oficialmente a partir do dia 6 de janeiro, de terça a domingo.

“No dia 6 de janeiro a gente volta com a nossa programação semanal, de terça a domingo. Inicialmente, aqui a gente vai começar com duas sessões, uma de 17h30 e outra de 19h30, um horário que a gente vai pegar o pessoal que está saindo do trabalho. E, nos finais de semana, às 17h e às 19h”, explicou.

“A gente está criando uma sessão nova, uma matinê, que é Domingo no Porto, em que a gente vai exibir clássicos”, completou Farache.

Curador do Cinema da Fundação, Ernesto Barros adiantou dois filmes que devem compor a programação no início do próximo ano. “A gente tem filmes que foram lançados (nos outros cinemas da Fundaj) e que a gente vai lançar aqui. A gente vai voltar com Marighella e  Piedade”, contou.

De acordo com a coordenadora Ana Farache, as obras estrearão no Cinema do Porto a pedido do público. “O povo está pedindo muito esses filmes”, finalizou.