O Secretário do Povo

 

 

Com o objetivo de realizar um ajuste fiscal e, assim, melhorar a capacidade de endividamento do município, o prefeito do Recife João Campos anunciou hoje um corte de despesas de R$ 100 milhões durante todo o ano de 2021. Segundo o prefeito, diante do cenário de incertezas, também é preciso garantir os recursos necessários para manutenção dos serviços oferecidos à população como nas áreas de educação e saúde.  “A redução vai viabilizar, por um exemplo, a contratação de um pacote de projetos e o lançamento do programa de crédito popular nos próximos dias”, afirmou Campos.

De acordo com a secretária de Finanças, Maíra Fischer, foi feito um estudo para garantir que o corte nas despesas não causasse nenhum impacto no serviço prestado pela Prefeitura aos recifenses. Os principais pontos do plano de ajuste são a revisão dos contratos com o município; redução dos gastos com água, energia e telefonia; redução das horas extras dos servidores ;  diminuição da frota de carros – promovendo a centralização do serviço – e ampliação da central de compras corporativas. Todo o processo será monitorado pelo núcleo de gestão da PCR.

Fischer ressaltou que um dos pontos importantes desse plano é melhorar o desempenho fiscal do município para que ele retome sua capacidade de endividamento e consiga, junto à Secretaria do Tesouro Nacional, autorização para a contratação de operações de crédito. “Já tivemos uma primeira conversa com a União sobre as medidas que estamos tomando agora”, explicou. O prefeito João Campos informou que, com estimativa de economia de R$ 400 milhões ao longo dos próximos quatro anos, é possível buscar operações de crédito para aumentar a capacidade de investimentos da gestão.

Segundo o orçamento da Prefeitura para 2021, dos R$ 6,1 bilhões de gastos previstos, apenas R$ 700 milhões serão destinados a investimentos. A maior parte dos recursos, de acordo com a lei orçamentária em vigor, irá para o pagamento de despesas com pessoal e custeio.  “É um ano desafiador e, por isso mesmo, esses R$ 100 milhões serão necessários em outras áreas”, concluiu a secretária de Finanças.

 

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