Chico Sciensce e os 30 anos de "Da Lama ao Caos": Um legado revolucionário

                                 XIII Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) -
                                 Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco


Fliporto 2024 celebra o impacto cultural do artista com homenagens e reflexões no Mercado Eufrásio Barbosa


A programação deste sábado (16) da XIII Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, debateu a obra de Chico Science, um dos homenageados do festival de literatura. O evento contou com a conferência de Goretti França, irmã do artista, sobre os “30 anos de “Da Lama ao Caos”.


A palestra teve a presença da jornalista Lorena Calábria, autora da obra “Chico Science e Nação Zumbi: Da lama ao Caos”, do produtor musical Liminha, responsável pela produção do álbum comemorado, e da DJ Vibra, cantora recifense que resgatou músicas de Chico.

“É muito emocionante falar de Chico, pelo afeto do irmão querido e amado, e admiração pelo artista genial”, pontuou Goretti, acerca da palestra ministrada e homenagem da Fliporto ao irmão, Chico Science.

“Tivemos uma mesa histórica sobre Chico Science e sobre a história do “Lama ao Caos”, esse disco revolucionário de Chico Science que foi produzido por Liminha. Ele esteve aqui presente na época em que o vinil foi produzido, com Chico e a Nação Zumbi", destacou Antônio Campos, idealizador e curador da Fliporto. 

Novo, forte e vibrante 
Abrindo a roda de conversa, a jornalista Lorena Calábria falou sobre sua experiência em escrever a obra “Chico Science e Nação Zumbi: Da Lama ao Caos”, edição única em uma série de livros intitulada “O livro do disco”.

Ela contou que conheceu o manifesto por meio de um programa, seu primeiro contato com as diferentes sonoridades e informações que o Mangue promove. Ao receber o convite para escrever uma edição dentro da saga de livros, a jornalista reforça que não hesitou em escolher “Da Lama ao Caos”. 

Som revolucionário 
Arnolpho Lima Filho, conhecido popularmente como “Liminha, foi responsável pela produção do disco “Da Lama ao Caos”. 
“Levei o disco para remasterizar em Los Angeles, onde morava na época. O produtor de som com quem trabalhei ficou impactado ao escutar as faixas do álbum, ninguém havia escutado nada assim ali”, afirmou Liminha.

Legado presente 
Fechando a mesa de convidados da conferência “30 anos da Lama ao Caos”, a artista Virgínia Brasil, conhecida como DJ Vibra, trouxe seu trabalho para discussão.

Virgínia mistura ritmos regionais com elementos do mundo, inspirada pelas referências de Chico Science. Ainda resgata músicas do cantor, restaurando antigas faixas.

Pontuando a marginalização dos ritmos periféricos, a cantora defende o local do som produzido pelo Nordeste e Norte do Brasil e a importância da segurança que Chico Science espalhava ao produzir sua música. 

“Exista uma insegurança, uma descrença de não acreditar nesse trabalho de forma nacional. Acaba que as produções fora do eixo sudeste tenham dificuldade de se colocar como nacional. E isso Chico não tinha”, destacou a artista. 

Programação
A XIII conta com uma diversidade de atividades e momentos para o público que visita o Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda.
Neste sábado, o autor português João Morgado levantou uma conversa sobre os 500 anos do nascimento de Luís de Camões.

A programação ainda segue no Teatro Fernando Souza Cruz com o autor e escritor Cláudio Aguiar, que apresenta a peça “A Última Noite de Kafka”, e o workshop “Domine as regras do Show Business, Estratégias do Sucesso”, ministrada pelo empresário e investidor Anderson Ricardo.

 

 

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