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Oftalmologista alerta para diagnóstico precoce do ceratocone

24 jun 2021|Postado em:Artigo, RECIFE

Dra. Marcela Valença – oftalmologista IOR / Divulgação

Campanha Junho Violeta segue até fim do mês. Doença atinge principalmente adolescentes e adultos jovens

 

A campanha Junho Violeta de combate ao Ceratocone segue até o final deste mês, alertando especialmente adolescentes e adultos jovens sobre essa doença distrófica e progressiva que atinge a córnea. “Em uma primeira consulta, a condição pode ser confundida com miopia ou astigmatismo. Por isso, é essencial que o paciente fique atento aos sintomas, que podem ser visão embaçada, formação de imagens borradas, distorcidas ou com fantasmas, além de sensibilidade à luz e formação de halos em torno de lâmpadas ou outras fontes de luminosidade”, orienta a oftalmologista Marcela Valença, especializada em córnea, catarata e cirurgia refrativa, no Instituto de Olhos do Recife (IOR).

O histórico familiar é um fator de risco importante para a doença, que geralmente atinge pessoas até os 30 ou 40 anos. “A hereditariedade deve ser levada em consideração, pois se um dos pais tem ceratocone, é indicado consultar o oftalmologista periodicamente. Quem é alérgico também tem mais predisposição para desenvolver ceratocone”, explica a médica.

Embora a ciência tenha desenvolvido vários métodos para garantir uma boa visão a quem tem ceratocone, o diagnóstico precoce é indispensável para combater a doença. “As consultas com o oftalmologista são essenciais, desde a primeira infância, porque quanto mais cedo o paciente for diagnosticado, mais chances ele tem de estabilizar o avanço da enfermidade”, recomenda a doutora Marcela.

ORIGEM – Existem diversos fatores que influenciam o aparecimento e a evolução do Ceratocone, que afeta a estrutura da córnea. “A doença enfraquece o colágeno e faz com que a córnea se afine e deforme, adquirindo formato de cone”, esclarece a oftalmologista. Além do fator genético, alguns estudos associam a origem a fatores ambientais ou celulares.

Outros ligam a enfermidade ao ato de coçar os olhos, o que é bastante comum, especialmente entre pessoas alérgicas. “Não se deve coçar os olhos, principalmente agora, em que o paciente pode se contaminar com o coronavírus e desenvolver um quadro de conjuntivite, em que há o risco de coçar mais os olhos e desencadear ou agravar o ceratocone”, aconselha.

ESTÁGIOS – A doença tem vários estágios. No inicial, há uma baixa da visão, que pode ser corrigida com o uso de óculos ou lentes de contato. “Nos casos mais avançados, quando além do ceratocone o paciente tem alto grau de miopia, é necessário usar lentes intraoculares fácicas, implantadas dentro dos olhos, ou mesmo realizar um transplante de córnea”, explica a médica.

Há várias técnicas cirúrgicas que possibilitam o tratamento do ceratocone. Uma delas é o implante de segmentos de anéis intracorneanos. Outras envolvem o transplante lamelar anterior, em que se troca apenas a porção anterior da córnea, e o transplante lamelar penetrante, em que se substitui toda a espessura da córnea. “O mais recente procedimento é o crosslinking de colágeno com riboflavina, também conhecido como CXL. Essa cirurgia é a mais indicada em casos iniciais e consiste em fazer ligações no colágeno da córnea, aumentando sua resistência e diminuindo a progressão da doença”, destaca a oftalmologista.

 

Serviço:

 

Dra. Marcela Valença

Especialista em córnea, catarata e cirurgia refrativa
Instituto de Olhos do Recife
(81) 2122.5000

 

Veronica Fox
GCI Comunicação

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