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Ucraniana que vive no Grande Recife recebe filha e neta fugitivas da guerra; ‘estamos aliviados’

12 abr 2022|Postado em:Notícias, RECIFE

Em meio a cenas de mortes e bombardeiros da Rússia em cidades da Ucrânia, uma família que vive no Grande Recife pode dormir mais tranquila. Um casal formado por uma ucraniana e um brasileiro recebeu a filha e a neta da mulher, que fugiram da guerra. Agora, todos estão em segurança. “Estamos aliviados”, disseram Oksana e Valdemar Turiel (veja vídeo).

invasão das tropas russas em território ucraniano começou em 24 de fevereiro de 2022. Nesse período, milhões de pessoas foram obrigadas a deixar o território devastado. Viagens marcadas pelo sofrimento e angústia, em busca de refúgio.

Na semana passada, a psicóloga Oksana e do técnico em eletrônica Valdemar receberam no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes/Gilberto Freyre, na Zona Sul da cidade, a filha dela Liza, de 30 anos, e a neta, Dasha, de 3 anos.

Oksana, que vive no Brasil há dez anos, disse ter sentido grande alívio. “Chegamos ao aeroporto para encontrar minha filha e minha neta, que fugiram. Não queria falar essa palavra, mas é verdade. Planejava viajar pra Ucrânia, mas nosso destino mudou”, declarou Oksana.

Em entrevista à TV Globo, ela afirmou que estava sentido “felicidade e tristeza”. A mulher disse, ainda, que a viagem da filha e da neta “foi longa e sem planejamento”.

“Essa viagem delas é triste, mas nós esperamos que elas recebam a família e passem a se tranquilizar”, disse.

 

A psicóloga brincou com a neta no aeroporto e se preparou para ir para Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Grande Recife, onde vive com Valdemar.

“Vimos pela televisão pessoas que não estão tendo esse tipo de sorte, não tem pra onde ir. Família que perderam filhos, estão separados e outros não encontram. Graças a Deus, estamos aqui com a família reunida”, declarou Valdemar.

Viagem cansativa

Ao abraçar a neta e a filha, Oksaba traduziu para o português o desabafo de Liza, que fala ucraniano. “Ela disse que está bem, na medida do possível”, afirmou a mãe.

Lisa e Dasha moravam em Brovary, cidade ucraniana distante cerca de 40 quilômetros da capital, Kiev.

Elas viajaram de carro por 584 quilômetros, até Liviv. Depois, enfrentaram mais 18 horas de ônibus, até chegar à fronteira da Ucrânia com a Polônia.

Também tiveram que encarar oito horas de trem para Varsóvia, capital polonesa, onde ficaram durante 15 dias. Nesse período, foi possível organizar a documentação de Liza e Dasha.

A criança até arrisca algumas palavras em português. “Meu nome é Dasha”, “Eu sou uma peixinha”, disse.

No Brasil, Liza e Dasha tentam manter contato com o pai da menina, Andrei, que está na Ucrânia. Por causa da guerra, homens entre 18 e 60 anos não podem deixar o país. Por isso, a comunicação dever ser feita sempre por chamada de vídeo.

Futuro

Dasha e Liza falam, por vídeo, com Andrei, que ficou na Ucrânia — Foto: Reprodução/TV Globo

Oksana disse que a filha gostaria de voltar para o país de origem. “Ela tem saudade da casa e da família e do marido. Sente por sua vida que estava lá, tranquilizada e organizada. Então, o que ela quer é voltar a vida que estava”, disse.

Sobre o futuro, a psicóloga acredita que vai ser possível esperar o fim da guerra e as coisas “voltem ao normal”.

“Temos esperança. Esperamos que essa guerra acabe e que ele volta para o seu marido. Ela também ama a Ucrânia”, declarou Oksana.

Enquanto isso, todos vão viver na casa, onde as fotos mostram a família unidade e lembranças do país, antes de todos os problemas da guerra.

Fonte: g1 PE

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