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Peixes que apareceram mortos são retirados da água do Canal do Fragoso, em Olinda
12 mar 2021|Postado em:Olinda
Trabalhadores de uma empresa contratada pela prefeitura removeram, nesta quinta (11), os animais e as baronesas, plantas que indicam alta concentração de poluentes.
Dois dias após peixes aparecerem mortos no Canal do Fragoso, em Olinda, no Grande Recife, uma operação foi realizada, nesta quinta-feira (11), para retirar os animais da água. Segundo a Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH), o problema tem relação com o lançamento de esgoto.
Imagens enviadas pela prefeitura de Olinda mostram trabalhadores de uma empresa terceirizada de limpeza removendo os peixes e as baronesas. São plantas que, segundo biólogos, evidenciam a presença de poluentes na água.
Uma balsa foi contratada para ajudar na operação. Questionada pelo G1, a prefeitura informou que não foi contabilizado o número de peixes que morreram. As imagens, no entanto, mostram milhares de animais nas margens ou boiando no meio do canal.
A administração municipal disse que os animais foram removidos junto com as baronesas. Por isso, não foi possível fazer o levantamento. Os peixes mortos seguiram para descarte em aterro sanitário, em Igarassu, também na Região Metropolitana.
A prefeitura disse, ainda, que o governo do estado disponibilizou equipamentos específicos para a facilitar a retirada das baronesas. As plantas removidas seguiram para o aterro em Aguazinha, em Olinda.
A remoção dos peixes e das baronesas foi recomendada pela CPRH. Na quarta (10), um dia depois de os animais aparecerem mortos, equipes da agência coletaram a água do canal para fazer análises.
De acordo com o diretor de Fontes Poluidoras da agência, Eduardo Elvino, foi designada uma equipe do laboratório para fazer o levantamento dos níveis de oxigênio dissolvido em matéria orgânica.
“Já vimos que o problema que ocorreu aqui está relacionado com a chegada de esgoto e com a grande quantidade de baronesas no leito do canal”, disse.
O gerente da Unidade de Controle de esgotamento Sanitário e Resíduos Urbanos da CPRH, Rodolfo Aureliano Santos, disse que as baronesas são plantas aquáticas flutuantes que indicam o lançamento de esgoto na água.
“A baronesa impede a entrada da luz solar, compromete a realização fotossíntese e deixa a água com baixa oxigenação”, declarou.
Eduardo Elvino disse, por fim, que a agência “está fazendo o acompanhando da realização de obras de saneamento” na área. “Com serviços, a tendência é reduzir a quantidade de esgotos”, afirmou.
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