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Sem carnaval, heróis fazem caminhada solitária pelas ladeiras de Olinda e defendem luta contra Covid-19
14 fev 2021|Postado em:Olinda
Em 2021, o Homem-Aranha e o Super Homem buscaram incentivar a população que passou pelo Sítio Histórico neste domingo (14) a continuar a batalha contra o novo coronavírus.
O Super Homem que, tradicionalmente “voa” em direção à multidão de foliões em Olinda, ganhou, em 2021, um acessório novo no figurino: a máscara contra a Covid-19. No domingo, dia dos heróis na Cidade Alta, ele e o Homem-Aranha caminharam por ruas praticamente vazias, movidos pela saudade e pela esperança de que, em 2022, a folia vai tomar conta das ladeiras outra vez.
“Olhar para aquele palco ali e não poder atuar é complicado. É por isso que a gente está aqui, para, numa caminhada solitária, reviver os grandes carnavais, para ver o quanto foi maravilhoso passar 13 anos fazendo essa performance”, disse Jal Oliveira, o Homem-Aranha conhecido por animar os domingos de carnaval em Olinda.
“É difícil. Bate uma saudade, uma angústia, mas a gente sabe que é necessário. Já que as pessoas não tiveram aquela responsabilidade de dar uma travada lá no início, a coisa foi crescendo e, obrigatoriamente, a gente teve que dar essa pausa, mas vamos confiar na vacina, nos cientistas, e que a gente possa vir com carga total em 2022”, disse Oliveira.
“A gente está aqui pela saudade, pela folia, pelo frevo. O carnaval dá uma pausa, mas quem sabe, no ano que vem, continua”, disse Darlan Gomes, o Super-Homem que “voa” em direção aos foliões.
Para quem foi ao Alto da Sé, neste domingo (14), a intenção foi de não deixar a data passar despercebida, mesmo com a proibição de aglomerações.
A surpresa de encontrar um cenário totalmente diferente de anos anteriores, aliada à tristeza pela pandemia, foram os sentimentos compartilhado por alguns dos visitantes.
“Ultimamente eu tenho vindo pouco, mas fui muito carnavalesca, vivi todos os carnavais aqui. É uma sensação de um pouco de tristeza, mas de esperança, também, porque a gente sabe que essa doença vai passar. No próximo ano, vai estar todo o gás aqui”, disse a pernambucana Margarete Sampaio.
“É triste, mas viemos sentir um pouquinho o clima do carnaval para poder não ficar no vazio, no buraco. a gente fica nostálgico, mas foi bom porque a gente encontrou o Homem-Aranha”, disse a comerciante Catarina Guerra, que garantiu um clique do filho Miguel, de 6 anos, ao lado do super-herói.
“Eu nunca tinha vindo passar o carnaval em Olinda, mas foi bom porque deu para ver um pouco da arquitetura”, disse a turista Thaís Neves, que veio de Maceió (AL).
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