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Novos tratamentos com ultrassom, laser e eletroterapia ajudam preguiça resgatada a recuperar movimentos

20 fev 2021|Postado em:RECIFE

 

 

Animal, sob os cuidados do Parque de Dois Irmãos, teve terapia intensificada para se recuperar de uma pequena redução no comprimento do osso úmero após cair da árvore e quebrar o braço

 

Depois de fazer hidroterapia, Laura – um bicho-preguiça fêmea que vem se recuperando por ter quebrado o braço – iniciou, esta semana, novos tratamentos no Parque Estadual de Dois Irmãos, equipamento administrado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. O processo terapêutico foi intensificado após uma nova avaliação da equipe de técnicos do parque, ligados ao Projeto Preguiça de Garganta Marrom. O animal agora passa por sessões de eletroterapia na parte muscular para melhorar seu processo de recuperação, de exercícios com carga para a consolidação óssea, além de terapias com ultrassom e laser. Tudo acompanhado por um especialista na área.

Laura foi resgatada ainda em dezembro, com o braço quebrado na área da Unidade de Conservação. A pequena passou por cirurgia e vem lutando para recuperar seus movimentos e retornar à natureza. “Apostamos inicialmente na hidroterapia para fortalecer os membros e melhorar os movimentos dela. Essa espécie se dá muito bem com a água. Agora, esperamos uma resposta ainda melhor com o acompanhamento de um especialista e a inclusão de novos tratamentos”, afirma Fernanda Justino, bióloga do Parque e coordenadora do Projeto Preguiça de Garganta Marrom.

O especialista convidado para acompanhar o caso é o veterinário e fisioterapeuta Moises Ferreira. Ele conta que, pelo raio-x, verificou-se a existência de uma pequena redução do comprimento do osso úmero, apesar do cotovelo do animal estar livre do implante metálico colocado na cirurgia. Esse encurtamento do osso estaria causando rigidez na articulação e dificultando a movimentação do ombro do animal. Com a inclusão das novas terapias, Ferreira acredita que será possível conseguir uma melhor resposta muscular e uma evolução no processo de cicatrização.

“Estamos usando o ultrassom e o laser para reverter a lesão, além dos exercícios de mobilização na água e de escalada com o animal levando um pequeno peso ao subir na tela. Já percebo um avanço significativo no ombro, principalmente quando ela nada. Aos poucos, acredito que vamos atingir os objetivos” disse o veterinário. Ferreira detalha que a preguiça ainda continuará fazendo a hidroterapia, pois os movimentos sofrem menos impacto da gravidade e, assim, é possível mexer melhor as articulações.

Todos os esforços estão sendo feitos para a plena reabilitação de Laura. Mas, o processo é lento e não há data certa para que ela possa voltar à natureza. A pequena também não tem firmeza suficiente nos braços para pendurar em árvores, como as outras preguiças. Por isso, ela fica num espaço separado, onde pode ser acompanhada de perto e receber os cuidados dos biólogos e veterinários do Parque de Dois Irmãos.

Fotos: Lu Rocha/Semas-PE

Gerência de Comunicação da Semas-PE

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