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Apesar das restrições, população parece não assimilar o momento difícil da pandemia em Pernambuco

14 mar 2021|Postado em:RECIFE

Movimento na Praia de Boa Viagem, neste domingo (14), mesmo com decreto do Governo do Estado – Foto: Arthur Mota

Equipes de fiscalização definem trabalho de conscientização como “enxugar gelo”

No fim de semana decisivo para a Governo do Estado em relação às medidas restritivas contra a pandemia da Covid-19, desrespeito é a palavra que define o cenário encontrado nas praias do Recife.

Enquanto as sirenes evidenciavam a movimentação intensa de ambulâncias na Avenida Boa Viagem, pessoas desrespeitavam o decreto que proíbe o banho de mar e atividades de lazer nas praias.

As atuais medidas restritivas de Pernambuco não permitem o funcionamento do comércio não essencial e fecham praias e parques do Estado nos fins de semana. O atual decreto vai até esta quarta-feira (17), caso não haja prorrogação.

Apenas atividades físicas individuais estão sendo permitidas, na praia e na orla, no intuito de evitar aglomerações. O objetivo é conter o aumento de casos e não colapsar o sistema de saúde. As UTIs da rede pública, por exemplo, têm uma ocupação de 95%, mesmo com a abertura de mais de 160 novos leitos durante a última semana.

Na última semana, a Semana Epidemiológica (SE) 10, inclusive, o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – suspeitos para a Covid-19 – dispararam no Estado, com 1.065 notificações até o momento.

Apesar dos dados alarmantes, o que é visto na rua vai totalmente em desencontro com o que gestores e profissionais da linha de frente vêm pregando.

“Estamos cansados. Viemos neste sábado (13) e já foi pior que o outro sábado. Hoje (domingo) está sendo o pior dia. É como enxugar gelo: pedimos para as pessoas saírem da água, elas saem e, quando viramos, elas voltam de novo”, explica Marta Lima, secretária-executiva de Controle Urbano do Recife.

Ela e uma equipe multidisciplinar estão tendo a tarefa de orientar os transeuntes das praias a não entrarem na água nem colocarem ponto fixo na areia. Entretanto, o trabalho é árduo: a equipe não é tão grande e as pessoas estão sendo hostis ao que vem sendo realizado na orla.

“Eu não faço nem como funcionária pública, faço como cidadã. Que as pessoas se conscientizem e protejam os seus”, conta Marta.

Mais irregularidades
A reportagem da Folha de Pernambuco começou uma ronda a partir do Parque Dona Lindu. Em frente ao local, que está fechado sob o decreto, muitas pessoas praticavam atividades sem máscaras e faziam a ingestão de bebida alcoólica em quiosques que funcionavam clandestinamente – com apenas uma janela aberta.

Fonte: Folha de Pernambuco

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