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Baronesas formam ‘tapete’ de plantas aquáticas e tomam conta do Rio Capibaribe, no Recife; saiba por que isso ocorre
9 fev 2022|Postado em:RECIFE
‘Tapete’ de baronesas se formou no Recife — Foto: Reprodução/TV Globo
Na Ponte Marechal Castelo Branco, que liga a Avenida Caxangá à Avenida Joaquim Ribeiro, na Zona Oeste, havia tantas plantas que sequer era possível ver a água do rio, nesta quarta (9).
Na Ponte Marechal Castelo Branco, que liga a Avenida Caxangá à Avenida Joaquim Ribeiro, na Zona Oeste do Recife, havia tantas plantas que sequer era possível ver a água do Rio Capibaribe, próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá.
A situação, para quem vê, pode parecer bonita: bastante verde e vegetação num rio castigado pela urbanização das cidades em Pernambuco.
O Rio Capibaribe tem quase 250 quilômetros de extensão, nasce em Poção, no Agreste, e passa por mais de 40 cidades até chegar ao Recife, onde encontra com o Rio Beberibe e, juntos, eles desaguam no Oceano Atlântico.
No entanto, a imagem bonita é um sinal de alerta, segundo o biólogo Bruno Filgueiras, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Jardim Botânico do Recife (veja vídeo).
“A baronesa é uma espécie associada ao distúrbio. Em ambientes antropizados como este, ao longo do Rio Capibaribe na Região Metropolitana do Recife, onde tem muitos poluentes, inclusive insumos agropecuários como nitrato de fosfato, ela utiliza parte desses poluentes no seu metabolismo”, explicou o pesquisador.
Segundo Filgueiras, em baixa densidade, a planta é um ótimo elemento, porque filtra a sujeira da água e retém metais pesados, como o chumbo. O problema é quando ela se prolifera demais, como ocorreu nesta quarta-feira. Se não for removida mecanicamente, a planta devolve ao rio toda a sujeira que acumulou, disse.
“Como essa planta se prolifera tanto da forma sexuada como vegetativa, ou seja, ela faz clones dela, ela se prolifera e forma esse tapete de plantas. Ele é ruim porque faz uma região sem luz embaixo dela. Isso prejudica a disponibilidade de nitrogênio, de oxigênio para outros organismos, como peixes e o fitoplâncton”, declarou.
Fonte: g1 PE
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