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Biblioteca comunitária no Coque realiza campanha para arrecadação de livros

19 maio 2021|Postado em:RECIFE

A ideia é atualizar e expandir o acervo da biblioteca – Foto: Divulgação

A Biblioteca Popular do Coque está arrecadando livros de autores e autoras negros/as, indígenas e quilombolas e sobre a temática étnico-racial

Com a missão de democratizar o acesso à leitura crítica e à informação, a Biblioteca Popular do Coque, localizada no bairro de Joana Bezerra, Região Metropolitana do Recife, realiza uma campanha para arrecadação de livros de autores/as negros/as, indígenas e quilombolas e sobre a temática étnico-racial.

A ideia é atualizar e expandir o acervo da biblioteca, introduzindo os temas nas discussões com a comunidade que frequenta o espaço comunitário. Com a arrecadação de livros, o objetivo também é desenvolver atividades de formação e mediações de leitura com a população local. Para evitar possíveis aglomerações, a princípio as ações serão realizadas on-line.

De acordo com o gestor e mediador de leitura na Biblioteca Popular do Coque, Rafael Andrade, o funcionamento da biblioteca é um ato de resistência. “A biblioteca comunitária por si só é um espaço de resistência. A gente passa por vários problemas estruturais, financeiros, mas a gente está sempre lá atuando porque a comunidade está presente e quer esse espaço”, disse. Rafael também reforça que ter um espaço de leitura e acolhimento dentro da comunidade é algo que contribui com seu empenho positivo.

Situada em uma região com população predominantemente preta, indígena e parda, a biblioteca mostra a importância em trazer tais discussões para a população, contribuindo para o seu fortalecimento como indivíduos e coletivos. No intuito de lutar pelo direito à leitura, o espaço já soma 13 anos de atuação na capital pernambucana, atingindo cerca de 40 crianças por dia antes da pandemia. No último ano, as atividades aconteceram de forma remota através das redes sociais da biblioteca, e com a mediação nas escolas públicas e privadas do bairro.

“A gente vê atualmente várias discussões de que a periferia não lê, mas há leitura sim. Primeiro porque a biblioteca surgiu dessa maneira, foi algo que em 2007 a gente se juntou a comunidade e a partir disso a comunidade sentiu a necessidade de ter um espaço de interação social, de acesso a livros e um espaço cultural”, finalizou o gestor.

Os livros doados podem ser de segunda mão, porém devem apresentar boas condições de uso, sem riscos que impeçam a leitura, páginas faltando, soltando-se ou com mofos. Podem ser livros de literatura infantil, juvenil ou adulto, como também livros não-literários que abordam o tema.

Além da campanha de doação de livros, ao longo do mês de maio ações, como o clube de leitura “Eu sou porque nós somos”, abordarão obras de autoras e autores negros, indígenas e quilombolas  para leitura e debate através da plataforma Google Meet. As atividades estão com início previsto para o dia 7 de junho.

Como doar

Aos interessados em contribuir com a campanha, as doações podem ser encaminhadas para o endereço da biblioteca,  Rua Ibiporã, 260. Ilha Joana Bezerra, Recife de CEP: 50080-500, ou através da contribuição financeira. Os depósitos podem ser feitos na conta poupança jurídica da biblioteca, Associação Círculo de Histórias do Coque – Diálogo, Educação e Cultura, através da chave PIX 10.695.494/0001-20. Ou pela Caixa Econômica Federal, agência: 2193 e conta: 70-9. Toda a arrecadação em dinheiro será destinada para a compra dos livros. No Instagram da biblioteca, @bpcoque, há um catálogo de livros pretendido para o acervo.

Fonte: Folha de Pernambuco

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