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Caramujos na orla de Boa Viagem: entenda riscos e como fazer retirada correta dos moluscos

30 ago 2022|Postado em:RECIFE

grande quantidade de caramujos na orla de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, tem preocupado moradores e banhistas. O professor de biologia Leandro Alberto alertou, nesta terça-feira (30), para os riscos do manuseio incorreto dos moluscos e alertou para cuidados para o caso de mexer neles (veja vídeo acima).

Leandro Alberto explicou que a presença dos moluscos no local não é comum, já que o molusco não tem afinidade com ambientes marinhos, mas acabou encontrando na sujeira um local propício para se multiplicar.

A orientação da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), que é responsável pela retirada de lixo no espaço público, é que seja feita a retirada mecânica dos bichos e que se evite pisar com os pés descalços no local.

O professor de biologia Leandro Alberto afirmou que, apesar da orientação, não se deve tocar nos moluscos sem itens de proteção, como luvas, pois o contato direto pode oferecer riscos à saúde. Por isso, o ideal é que a Vigilância Sanitária faça a retirada, alertou.

“Para a gente fazer o manuseio, fazer a retirada desse animal, precisa de técnica, precisa estar usando luva, a gente precisa utilizar sal ou cal. […] O manejo dele tem que ter muito cuidado”, explicou o professor.

Professor de biologia Leandro Alberto deu orientações sobre o manejo de caramujos  — Foto: Reprodução/TV Globo

Professor de biologia Leandro Alberto deu orientações sobre o manejo de caramujos — Foto: Reprodução/TV Globo

Leandro explicou que, caso seja necessário, o manejo do caramujo deve ser feito com muito cuidado e uso de luva. O molusco deve ser posto em um pote de vidro ou saco plástico com sal ou cal e, depois de morto, enterrado.

O professor também ressaltou que as precauções se devem ao fato do molusco da espécie Achatina fulica, popularmente conhecido como caramujo africano, pode ser hospedeiro de vermes transmissores de doenças.

“Esses animais são hospedeiros de um verme que pode causar uma meningite chamada meningite eosinofílica. Essa meningite corrói as meninges, o nosso sistema espinhal, fazendo com que essa pessoa tenha deficiência”, disse Leandro

 

Outra doença é a angiostrongilíase abdominal, transmitida pelo caramujo gigante africano infectado pelo parasita Angiostrongylus costaricensis, que ao entrar no organismo das pessoas pode levar a sintomas gastrointestinais, como dor abdominal, vômitos e febre, por exemplo.

O perigo, segundo ele, está na mucosa que o caramujo libera para se locomover, pois é nela que o verme fica alojado e pode ser transmitido em contato com a pele.

Segundo o professor, esse tipo de caramujo foi trazido para o país para servir como alimento, mas não caiu no gosto popular e acabou virando uma espécie de praga. Apesar de, originalmente, ter sido trazido para consumo, a ingestão dos moluscos soltos na natureza não é recomendada.

Nesta terça-feira (30), a autarquia também informou que, diariamente, cerca de 20 profissionais percorrem a orla de Boa Viagem, realizando serviços de varrição, fiscalização e limpeza, mas que, devido a situação dos caramujos “passou a destacar 70 trabalhadores por dia para minimizar o impacto ambiental”.

Entretanto, segundo moradores da região, o problema já ocorre há pelo menos três semanas e, nesta terça (30), uma grande quantidade dos moluscos ainda podia ser encontrada nos entornos da orla no Segundo Jardim de Boa Viagem.

Fonte: g1 PE

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