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Óleo nas praias: vistorias diárias são suspensas; origem das ‘bolotas’ em Pernambuco ainda é investigada
8 set 2022|Postado em:Notícias
Segundo governo, foram localizados vestígios em 13 municípios em duas semanas. Laudo da UFPE foi inconclusivo sobre relação com 2019.
As vistorias diárias para verificar surgimento de óleo nas praias de Pernambuco foram suspensas, disse a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) nesta quinta-feira (8). A origem das “bolotas” ainda é investigada, após análise realizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ter resultado inconclusivo sobre relação com óleo surgido em 2019.
O monitoramento diário era realizado desde 25 de agosto. Segundo a Semas, houve uma diminuição da coleta de fragmentos nas faixas de areia nos últimos sete dias, o que motivou a decisão tomada pelo comitê de monitoramento da situação.
Não foi divulgado, no entanto, quanto foi coletado nesse período. Na primeira semana, foram 400 quilos (confira cidades afetadas mais abaixo).
O governo explicou que vai acompanhar a situação do litoral através da limpeza urbana dos municípios, que notificam o estado caso surja algo fora do comum.
Sobre a investigação da origem do óleo, a secretaria explicou que o Laboratório de Compostos Orgânicos em Ecossistemas Costeiros e Marinhos (OrganoMAR) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) encontrou “ambiguidades” nas amostras analisadas e, com isso, não foi possível cravar se é ou não o mesmo material de 2019.
Também foram enviadas amostras a outros laboratórios, como o da Marinha (veja vídeo). “Os exames e averiguações laboratoriais seguirão ocorrendo”, informou o governo, informando que monitora a divulgação desses outros laudos.
Não foram divulgados prazos para divulgar essas análises, nem qual outra entidade, além da Marinha e UFPE, recebeu fragmentos.
Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) disse que a população pode entrar em contato caso encontre fragmentos de óleo por meio do telefone da emergência ambiental da instituição, que é o (81) 99488-4453.
Além de Pernambuco, Paraíba, Bahia e Alagoas também notificaram vestígios de óleo em praias desde o fim de agosto.
Balanço
Desde 25 de agosto, foram contabilizados 13 municípios afetados pelo surgimento de óleo na areia, segundo a Semas. Não há notificação de manchas no mar, a exemplo do ocorrido em 2019.
O g1 questionou qual foi a quantidade, em quilos, coletada durante essas duas semanas, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Até esta quinta-feira (8), as seguintes cidades notificaram casos de “bolotas” em suas orlas: Olinda, Recife, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Itamaracá e Igarassu, na Região Metropolitana, e Sirinhaém, Tamandaré, Barreiros, São José da Coroa Grande e Goiana, na Zona da Mata.
A secretaria reforçou que não há restrição ao banho de mar nas praias destes municípios. A orientação é para os banhistas, caso identifiquem um fragmento de óleo, evitem tocar no material e encaminhem a informação e a localização para a CPRH.
O comitê de monitoramento é formado por representantes do governo do estado, do Ibama e da Capitania dos Portos.
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