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Animais silvestres feridos são reabilitados com ajuda de acupuntura, fisioterapia e outras técnicas no Recife

26 set 2021|Postado em:RECIFE

 

Desafio dos especialistas é fazer o que for possível para recuperar os pacientes — Foto: Reprodução/TV Globo

Profissionais do Cetas Tangara, da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), conseguem que 70% dos bichos voltem para a natureza.

Animais silvestres em condições precárias resgatados em Pernambuco são reabilitados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) Tangara, da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), na Zona Norte do Recife. Profissionais usam acupuntura, terapia com laser e outras técnicas para recuperá-los.

A cada ano, mais de 8 mil bichos, segundo o centro, são apreendidos nas mãos de traficantes. Muitas vezes, esses animais chegam feridos ou mutilados e precisam passar por tratamento médico até estarem aptos a voltar à natureza.

O processo de reabilitação é demorado e cuidadoso, mas não é para todos. De acordo com médico veterinário Filipe Sobral, 70% dos animais conseguem voltar para o habitat natural.

“A gente consegue fazer com que os animais treinem, desenvolvam musculatura e façam, ao final, simulação de caças para que a gente tenha a certeza que esses animais possam retornar, de uma forma digna e correta, à natureza”, diz.

E todo esse cuidado foi tomado com uma coruja que foi encontrada com as penas arrancadas e quebradas. A imponente águia chilena, que vivia em cativeiro, também está reaprendendo a voar, por meio da utilização de técnicas de falcoaria.

O treinamento exige que a ave se acostume com a presença de humanos, seja condicionada a receber comandos verbais e, depois, aprenda a caçar.

O desafio dos especialistas é fazer tudo o que for possível para recuperar os pacientes. E, nessa batalha diária, os animais silvestres podem contar com aliados importantes: o conhecimento, a tecnologia e a paixão dos profissionais.

A médica veterinária Marlene Reis levou ao Cetas Tangara terapias integrativas. Para ela, a nova forma de tratamento, que utiliza ozonioterapia, acupuntura e fisioterapia, é capaz de melhorar a qualidade de vida dos animais.

“É importante usar as terapias integrativas juntamente com os tratamentos convencionais porque a gente potencializa os tratamentos”, diz a médica veterinária.

Para os especialistas, a melhor parte do trabalho é quando os animais estão totalmente recuperados e recebem alta.

“A gente acaba conseguindo retornar algumas espécies que já não existiam em algumas áreas. E aí a gente consegue trazer, novamente, a reprodução, a vivência daquele animal também para outras áreas. A gente vai fazendo o trabalho de formiguinha e retornando esses bichos para áreas que não ocorriam mais”, conta o coordenador do Cetas Tangara, Yuri Valença.

 

Fonte: G1 PE
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