A contadora Wilma Claudino Gomes, de 57 anos, ficou preocupada com a companheira, que realiza o exame.

“A gente já estava prevendo isso. Aglomerou dentro e fora. As pessoas precisam passar, estudam o ano inteiro e acabam se submetendo. Estamos fazendo todo o processo que o governo determina, mas os números [de infectados] podem aumentar muito por conta disso”, destacou.

A entrada dos candidatos foi organizada por ordem alfabética, mas não foi o suficiente para evitar aglomeração. “Fizeram uma divisão de horário de entrada por letras, mas não funcionou. Ficou todo mundo na fila. Podiam esperar a situação melhorar para realizar a prova”, afirmou Wilma.

De acordo com a assessoria de imprensa da OAB-PE, é da FGV a responsabilidade pela organização do exame, elaboração e aplicação da prova.

Procurado pelo G1, o governo de Pernambuco afirmou, em nota, que a realização da prova foi autorizada, “considerando a abrangência nacional do exame, realizado em todo o país de forma simultânea”. De acordo com o texto, o evento foi agendado anteriormente à publicação do decreto das medidas restritivas.

A nota diz que o governo levou ainda em consideração a divulgação da Cartilha de Prevenção da Covid-19, por parte da Fundação Getúlio Vargas, onde constam as medidas de prevenção e protocolos de segurança que seriam aplicados, conforme orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.

O G1 também procurou a FGV, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

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