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Você sabia que a fotografia nasceu no Recife? Evaldo Costa em mais um “Lição da História”

17 jan 2020|Postado em:RECIFE

 

A FOTOGRAFIA BRASILEIRA NASCEU NO RECIFE (ACREDITE, NÃO É MEGALOMANIA)

 

A primeira fotografia captada no Brasil teve o Recife como modelo e cenário. Foi feita em novembro de 1839, poucos meses depois da academia de ciência da França ter anunciado ao mundo a invenção de Nicéphore Niépce e Louis Daguerre.

Um navio-escola patrocinado pelo governo francês ancorou no Porto do Recife trazendo a primeira máquina e um fotógrafo, o abade beneditino Louis Compte. Já se vão mais de 180 anos. Era o tempo das máquinas chamadas daguerreótipos e seus negativos de vidro.

Depois do Recife, o navio e o padre seguiram viagem para o Rio de Janeiro, Santos, Buenos Aires. Para se ter ideia da importância, o abade foi recebido no Rio de Janeiro pelo próprio Imperador Dom Pedro II, curioso compulsivo e apoiador da fotografia.

Muitos outros fotógrafos vieram ao Recife nos anos seguintes, praticamente todos os grandes nomes da época, alguns morando e instalando estúdios aqui devido a prosperidade econômica açucareira.

Não paramos mais de ter registros de nossa paisagem física e humana, dos escravos, costumes e mocambos.

Uma boa mostra destas fotos históricas pode ser curtida no site http://brasilianafotografica.bn.br/, mantido pela Biblioteca Nacional, com parceiros do país inteiro.

Lá é possível ter contato com a arte de fotógrafos franceses, italianos, alemães que passaram por aqui, além dos primeiros brasileiros e primeiros pernambucanos, como no caso de João Ferreira Villela, que faleceu em 1901.

A incrível beleza das imagens nos leva a pensar e avaliar de outra maneira a, por vezes mal compreendida, mania de grandeza pernambucana.

Temos que reconhecer que durante séculos o Recife foi a encruzilhada do mundo, pelo menos uma delas, caminho de quem vinha ou ia para o hemisfério norte.

Como consequência, não houve uma revolução de costumes ou evolução da tecnologia, da arte e da cultura que não tenha chegado aqui precocemente. Já tinha sido assim no século XVII com os artistas holandeses trazidos por Nassau e continua até hoje.

Isso ocorre, em grande medida, por obra e graça da logística. Temos o porto de Suape e nossos aeroportos em lugares estratégicos, usufruindo e consolidando a centralidade nordestina.

Não por acaso vivemos período de grande efervescência econômica, entre 2007 e 2015, e essa dinâmica, forçosamente, será retomada tão logo o Brasil saia da depressão econômica em que se encontra, o Nordeste recuperará o papel como puxador do crescimento brasileiro – Pernambuco sendo, como é, o portal de acesso à região.

Que façam registros fotográficos, de vídeo, de literatura, porque somos realmente a sentinela do mundo.

PS: texto inspirado na trajetória pessoal de três grandes fotógrafos pernambucano: Alcir Lacerda, Edmond Dansot e Natanael Guedes, cada um com enorme contribuição à fotografia e à História.

Imagens: BNDigital.

Ouça aqui: https://www.cbnrecife.com/podcast/licoes-da-historia

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