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No Recife, Seminário de Cooperação Técnica Internacional promove intercâmbio de experiências exitosas mundiais

28 fev 2018|Postado em:Notícias

Promovido pelo Governo do Estado, o evento recebeu palestrantes do Brasil e de outros
seis países da Europa, América do Norte e Ásia

Mantendo a tradição de absorver e compartilhar experiências bem sucedidas nas diversas áreas de atuação da gestão, o Governo de Pernambuco realizou, nesta terça-feira (27.02), no Recife, o “Seminário de Cooperação Técnica Internacional”. Coordenado pela Assessoria Especial do Estado, o evento recebeu palestrantes do Brasil e de outros seis países da Europa, América do Norte e Ásia, oportunizando a troca de experiências entre especialistas em cooperação internacional e representações de governos estrangeiros de países desenvolvidos, que possuem consulados no Estado, além de secretários e representantes das secretarias estaduais e da sociedade civil.

O evento foi aberto pelo governador Paulo Câmara, que destacou a importância da iniciativa. “O intuito deste seminário vai ao encontro do que a gente tem planejado, ao longo dos anos, na busca de preparar Pernambuco para o futuro. Queremos um Estado cada vez mais conectado com o mundo e à frente das inovações que possam ocorrer. E para isso acontecer, parcerias são fundamentais. Mostramos aqui como estamos pensando, governando, planejando e como queremos preparar Pernambuco para os desafios”, pontuou Paulo.

Para secretária executiva de Relações Internacionais da Assessoria Especial do Estado, Rachel Pontes, a programação conseguiu reunir importantes debates que podem, sem dúvidas, contribuir para o desenvolvimento de Pernambuco. “Nosso objetivo foi entender melhor como funciona esse processo, ver como essas experiências concretas foram implementadas nesses países e como que a gente pode trazer esses resultados para Pernambuco. A gente já tem alguns acordos de cooperação, memorandos de entendimento em vigor, que abrangem diferentes áreas, desde oportunidades de negócios, desenvolvimento econômico, até a área cultural, de educação e de saúde. E momentos como esse são muito importantes para que a gente possa, quem sabe, desenvolver novas futuras parcerias”, defendeu.

Na ocasião, Rachel Pontes lembrou que o evento é uma oportunidade também para iniciativas de Cooperação Sul-Sul, onde o Estado compartilha as suas políticas públicas bem-sucedidas para outros países. “Pernambuco já atingiu um grau de maturidade em sua gestão de consolidação das políticas públicas, como por exemplo, o programa Mãe Coruja, a prática da educação em tempo integral e os demais programas na área de educação, que têm resultados comprovados e podem ser compartilhados com outros países. Já começamos conversas com Angola, Moçambique e outros países de língua portuguesa da África, para compartilhar e realizar uma cooperação técnica, levando para esses lugares, as políticas bem-sucedidas de Pernambuco”, ressaltou.

Confira abaixo os eixos apresentados, suas possibilidades de cooperação e suas vertentes de atuação:

SEGURANÇA – Durante o Seminário, o público pôde conhecer o trabalho de policiamento ostensivo comunitário desenvolvido pela agência Japan International Cooperation Agency (JICA). Em 2017, Pernambuco participou de um intercâmbio mútuo com a Agência de Segurança Japonesa, o qual viabilizou a ida de um representante da Polícia Militar para o Japão e a vinda de dois peritos japoneses para o Estado. Durante um período de 30 dias, foram realizados seminários e um estágio de policiamento comunitário, onde os policiais japonês puderam contribuir e repassar suas experiências para o trabalho de prevenção da PMPE.

“Agora em março, vamos retomar o trabalho nas comunidades para avaliar bem como esse policiamento comunitário vai se portar, e para que a gente possa multiplicar isso e fazer com que a filosofia de “polícia e comunidade” se consolide em todo o Estado. Se um policiamento é lançado numa área delimitada, sem haver rotatividade do efetivo – porque é necessário que o policial conheça bem o espaço, desenvolva laços de proximidade e seja conhecido pela população -, nós vamos conseguir ganhar a confiança da comunidade e, naturalmente, vamos conseguir obter as informações precisas sobre a raiz do problema. E, assim, nós vamos conseguir ser mais objetivos, mais pontuais. Vamos gastar menos e ter uma maior efetividade”, declarou o major Vanildo da PMPE, que participou do intercâmbio e palestrou junto à JICA no evento.

PREVENÇÃO DE DESASTRES – Outra importante ação apresentada pela agência Japan International Cooperation Agency (JICA) tem gerado efeitos positivos no Estado. O Corpo de Bombeiros Militar também realizou, ano passado, um intercâmbio com a instituição, abrangendo a gestão de prevenção de desastres. E essa experiência foi relatada pelo major Moacir, do CBM-PE. “A gente pôde conhecer como é realizada a preparação, reconstrução e recuperação, em casos de desastres, vivenciadas e desenvolvidas no Japão. Tudo para que a gente possa readequar à nossa realidade. Hoje, a gente tem um trabalho muito mais voltado para a atividade de prevenção baseado nessa experiência. Então, o que a gente tenta colocar em prática é um serviço cada vez mais de qualidade para mitigar e prevenir, principalmente, em relação a esses grandes desastres que já assolaram a população pernambucana”, disse.

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA – Importante parceiro de Pernambuco na área de tecnologia e inovação, o Porto Digital apresentou as atividades desenvolvidas pelo INCOBRA, programa que visa orientar, aumentar e aprimorar as atividades de cooperação em atores de Pesquisa e Inovação (P&I) entre o Brasil e a União Europeia, com base em redes novas ou já existentes, para o seu desenvolvimento e expansão. “É um projeto bastante relevante porque trabalha junto a todo o ambiente de inovação, tanto brasileiro quanto europeu, para que, juntos, a gente desenvolva ferramentas, tanto de disseminação de oportunidades existentes quanto na construção e na melhoria de mecanismos para financiamento de novos projetos na área”, registrou a gerente de Cooperação e Capitação de Recursos do Porto Digital, Jana Sampaio.

MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE – Representando a Alemanha, o gerente de portifólio da GIZ, Stephan Görtz, abordou o tema das energias renováveis, ressaltando a experiência de energia heliotérmica concentrada, que foi conhecida por técnicos de Pernambuco em visita à Alemanha. Em seguida, representantes do Governo da Espanha falaram sobre as técnicas de dessalinização e reuso de água como alternativas para lidar com a escassez de recursos hídricos, além de destacar os baixos custos de produção das energias solar e eólica, que podem trazer oportunidades para o Brasil e para Pernambuco nas próximas décadas. Trataram também sobre instrumentos de financiamento ao setor energético oferecidos por instituições ligadas ao Governo Espanhol.

O setor privado do país espanhol foi representado o evento pela empresa IBERDROLA, que discutiu a necessidade de se mudar a forma de pensar sobre as energias renováveis, criando políticas públicas que valorizem o grande potencial de exploração das energias solar e eólica no Brasil, e permitam enfrentar as grandes mudanças previstas para o setor elétrico nos próximos anos. Outra empresa privada que reforçou o debate sobre energia renovável foi o grupo italiano ENEL, abordando a abertura para a inovação e novas tecnologias, através da criação de valor compartilhado, em projetos de energia com ênfase em sustentabilidade.

OPORTUNIDADES DE COOPERAÇÃO NÃO ONEROSA – Na oportunidade, a Agência Brasileira de Comunicação (ABC) pontuou o histórico da cooperação técnica no Brasil, com destaque para as oportunidades de Cooperação Sul-Sul (com países em desenvolvimento) e projetos trilaterais. Já o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) tratou das perspectivas de cooperação técnica internacional sob a ótica dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030, confirmando que existe uma tendência de atuação mais forte dos Estados e Municípios. Em seguida, a Senior Expert Service (SES), apresentou a experiência de assistência técnica voluntária de especialistas alemãos para trabalhar em conjunto com o setor público, empresas e organizações não governamentais, nas áreas comercial, de saúde e de educação, entre outras. Em relação à oferta de recursos a fundo perdido para estudos e projetos, a United States Trade and Development Agency (USTDA) destacou o sucesso do relatório realizado para a privatização do Porto de Suape.

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