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Presença dominante de variantes pode explicar aceleração de casos em Pernambuco

12 mar 2021|Postado em:Notícias

 

Imagem ilustrativa do Sars-CoV-2 – Foto: Pixabay

 

Além de mais transmissíveis, novas cepas podem reinfectar em torno de 7% dos casos

Um estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Amazonas revelou que cepas variantes mais transmissivas do novo coronavírus já são dominantes em alguns estados do País, incluindo Pernambuco.

Os dados são de que 50,8% das mais de 150 amostras analisadas referentes a Pernambuco acusaram a presença de variantes. Porém, não se sabem ainda as porcentagens específicas de cada variante dentro dessa amostragem.

Em coletiva de imprensa virtual, na tarde desta quinta-feira (11), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, informou que a Fiocruz do Amazonas desenvolveu um kit de triagem para análise de exames do tipo RT-PCR (molecular) que detecta se há a presença de uma das três variantes de maior interesse.

No entanto, não especifica qual delas, se a oriunda do Amazonas (P.1), do Reino Unido (B 1.1.7) ou da África do Sul (501Y.V2).

Ele disse aguardar o resultado do sequenciamento genético dessa amostras. “Estamos curiosos para saber quais as variantes identificadas aqui”, afirmou.

“É muito possível e provável que tenhamos a circulação da P.1 em todos os estados brasileiros. Ela chegou no Japão. E é provável também que ela esteja implicada nessa aceleração vista em nosso Estado. Uma aceleração exponencial que tem gerado pressão sob o sistema de saúde”, completou.

André Longo afirmou, ainda, que a P.1 é de 2,5 a 5 vezes mais transmissível do que a cepa original do Sars-CoV-2, identificada inicialmente em Wuhan, na China, em dezembro de 2019. E o pior, pode reinfectar em torno de 7% dos casos.

“Pensávamos, até pouco tempo, que as reinfecções eram casos raros, mas, percebe-se, agora, que essas variantes podem ocasionar reinfecção, segundo pesquisa recentemente divulgada, em 6,9% dos casos. Então são variantes de interesse e que podem gerar maior ocorrência de doenças, além do recorrente descumprimento das normas sanitárias e festas clandestinas”, explicou Longo.

Ainda sobre reinfecções, o secretário reclamou do procedimento estabelecido pelo Ministério da Saúde. Segundo ele, a orientação da pasta federal é encaminhar as amostras suspeitas de reinfecção para o laboratório de referência Evandro Chagas, no Pará. E este tem o papel de comunicar o Ministério da Saúde sobre os casos confirmados para que seja feita a notificação oficial.

“Isso foi centralizado no Ministério da Saúde. Temos encaminhado casos para o Evandro Chagas e, até agora, não temos respostas, dados concretos sobre casos de reinfecção em Pernambuco. Agora, é fato que esses números tendem a aumentar diante das novas variantes”, disse o secretário de Saúde de Pernambuco.

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