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Saiba mais sobre o “Desafio do Apagão”: o jogo que tirou a vida de 19 adolescentes, dos 12 aos 15 anos de idade

15 fev 2023|Postado em:Artigo

 

Menina faleceu sufocada após tentar reproduzir trend, que propôs ficar sem ar por alguns minutos no intuito de chegar em estado de euforia

Entra ano, sai ano e desafios na internet que custam a vida de crianças e adolescentes retornam com nomes diferentes. Um dos casos mais populares é o da baleia azul. Agora, o chamado “desafio do apagão”, onde crianças e adolescentes são convidados a se sufocar por minutos para chegar em estado de euforia, tirou, recentemente, a vida de uma menina de 12 anos. Reproduzir as trends custou a vida, até o momento, de 19 crianças, entre 12 e 15 anos de idade, segundo relatório da bloomberg businessweek.

De acordo com o professor do curso de Psicologida do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Aluísio Soares, o uso de redes sociais está muito atrelado a um sistema de recompensas que é ativado quando se tem respostas positivas, curtidas, compartilhamentos e aceitação social, presente na produção de um neurotransmissor chamado dopamina. A disposição dos algoritmos que são estrategicamente estruturados para que haja um maior engajamento nas redes não é algo novo.

“Não existe necessariamente uma armadilha, o que existe é uma construção compartilhada de atividades, ações e dinâmicas, chamadas de “trends” ou “desafios” que atraem crianças e adolescentes pelo simples fato de terem muitas curtidas e compartilhamentos associados, no intuito de gerar maior engajamento nas redes sociais e maior aceitação do círculo de convívio, a chamada bolha, na qual o sujeito se insere quando está participando de alguns grupos, fóruns ou páginas nas redes”, comenta.

Para evitar que as crianças e adolescentes entrem nessas trends, os pais podem ficar alertas com alguns cuidados. Ainda segundo Aluísio, é preciso ficar atento ao tempo de uso dos filhos nas redes sociais e se existem alterações de comportamento. Durante ou após o manuseio do smartphone, é interessante prestar atenção e acompanhar. Em casos de retraimento, isolamento, manifestações de suposta dependência, é necessário investigar.

“A criança ou adolescente que começa a mudar a sua rotina doméstica, a não ter interesse em ir à escola, se isola socialmente, passa muito tempo com o celular sem interagir como antes com os familiares também é preocupante porque pode vir a cair em desafios semelhantes. O tempo de exposição às telas, inclusive, pode ser um fator preditor de preocupações sobre uma relação adoecida com as redes sociais”, enfatiza.

Para evitar que isso venha a acontecer, é necessário um esquema de organização do tempo de exposição às telas, do tempo de estudos, de lazer e dos interesses individuais dos jovens. É preciso dialogar e tomar cuidado para não reprimir. “A tendência da sociedade contemporânea é ter maior acesso a novas tecnologias dentro de uma conexão com “big datas” ou “a internet das coisas”, onde tudo está conectado a todo momento. Mas é imprescindível ter atenção, não somente em ler os parágrafos dos termos de uso e sim, dialogar sobre o sentido que os jovens têm diante dos usos que fazem destas redes”, finaliza.

 

Assessoria de Imprensa-Millena Araújo

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