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No primeiro dia de provas do Enem, muita correria, desespero e tensão no fechamento dos portões

13 nov 2022|Postado em:Notícias

 

Vários alunos chegaram em cima da hora de fechar os portões e tiveram que apressar o passo – Foto: Ricardo Fernandes / Folha de Pernambuco

Cenas que nos acostumamos a ver todos os anos se repetiram: problemas com documentos e vários estudantes correndo para conseguir entrar antes do fechamento dos portões, pontualmente às 13h

No primeiro dia de provas provas de linguagens, ciências humanas e redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (13), na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), as cenas que nos acostumamos a ver todos os anos se repetiram: vários estudantes correndo para conseguir entrar antes do fechamento dos portões, pontualmente às 13h.

Faltando 10 minutos para o fechamento das portas, Maria Eduarda, 18 anos, desceu do prédio às pressas e chorando, procurando pela avó, dona Edilene Amaral Lopes. A jovem, que presta Enem para Medicina, havia esquecido de trazer um documento com foto, o que a impediria de realizar a prova. Depois de tentar ligar para a família para encontrar uma solução, uma dica de um fotógrafo foi a salvação: o aplicativo da carteira de trabalho digital, que tinha sua foto, garantiu seu acesso.

“Foram uns três minutos de desespero até conseguir resolver. A mãe dela não pode vir, então eu a acompanhei. Quando eu vi ela descendo chorando, entrei em desespero. Pensei que ela estava nervosa e não queria mais ficar na sala. Aí essa pessoa da Unicap junto com um fotógrafo ajudou. Se não fosse ele a gente não tinha conseguido. Meu coração ainda tá nervoso”, confessou. Mas nem todos tiveram a sorte de Maria Eduarda. Um grupo de cinco alunos não conseguiu entrar a tempo e preferiu não dar entrevista.

Foi por pouco
Um grupo de quatro candidatos passou por momentos de tensão. Eles chegaram antes do fechamento do portão, mas descobriram, segundos antes de encerrar o prazo, que estavam no bloco errado. A organização decidiu, então, permitir o acesso deles ao bloco correto, pois eles de fato chegaram à instituição antes do fechamento dos portões. “Eu já estava dentro do prédio quando o portão fechou, mas fui informado lá que era o bloco errado. Vou prestar Enem para a área de exatas”, disse Cleiton Araújo, 41 anos.

No primeiro dia de provas do ENEM, quase 3,4 milhões de candidatos em todo o Brasil farão provas de linguagens, ciências humanas e redação, neste domingo (13). Em Pernambuco, foram 186.837 inscritos.

Dia de nervosismo e expectativa
Na Escola Luiz Delgado, em Santo Amaro, região central do Recife, os alunos receberam da GRE Recife Norte kits com canetas e material para realizar a prova. Maria Julia, 17 anos, falou da sua expectativa para a avaliação. “A ansiedade está a mil, né? Mas se Deus quiser vai dar tudo certo”, disse a jovem, que pretende cursar Design. Já Pedro Henrique, 17 anos, estava confiante em cursar engenharia mecânica. “Nos preparamos muito com provas, simulados e correções e estamos prontos”, disse.

No campus da Unicap, o movimento foi intenso, quanto de trânsito no entorno da universidade, quanto de estudantes. Famílias faziam orações de mãos dadas antes da abertura dos portões, que aconteceu pontualmente ao meio dia. Carlos Marques, 22 anos, estava confiante para a prova. “Eu espero que a prova seja tranquila, no nível do Ensino Médio e que o Enem não faça nenhuma gracinha na redação e apresente um tema tranquilo para a gente trabalhar”, disse o candidato.

Aos pais, restava torcer e aguardar ansiosos os seus filhos na porta. A corretora de imóveis Risoneide Pergentino, 57 anos falou sobre a torcida pelo filho. “Torcendo muito. É a segunda vez que ele está tentando. Na primeira vez ele não conseguiu a nota. Nesse ano ele fez m cursinho aqui na cidade e a gente está bastante confiante que ele vai conseguir essa nota na redação”, desejou.

A dona de casa Zulândia Silva de Souza, 38 anos, não escondeu o nervosismo pelo desempenho da filha. “O coração está pequenininho. A gente fica na expectativa esperando ela sair. Estamos aqui até o fim, para dar força”, comentou.

Fonte: Folha de Pernambuco

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