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UFPE desenvolve aparelho de manutenção de subestações que não interrompe o fornecimento de energia à população

4 jun 2021|Postado em:Notícias

UFPE desenvolve aparelho de manutenção de subestações que não interrompe o fornecimento de energia à população

Ascom UFPE/Divulgação

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram um equipamento que possibilita realizar manutenções preventivas em subestações de energia, sem que seja necessário interromper o fornecimento de eletricidade para a população. De acordo com os engenheiros, atualmente as empresas optam por utilizar equipamentos poucos confiáveis para realizar o diagnóstico das suas malhas de aterramento com a rede energizada. Para evitar que o diagnóstico do problema fique prejudicado, o novo equipamento tem como principais características a alta precisão e a exatidão nas medições. O produto, segundo os desenvolvedores, é 100% nacional e já conta com patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), em nome da Universidade e parceiros associados.

“Como as condições de se desligar a energia de uma subestação ficaram cada vez mais difíceis de acontecer, sobretudo devido às exigências normativas e as do consumidor, entre outras, cresceu a necessidade de buscarmos alternativas de medições viáveis da resistência de aterramento, dando-se preferência aos métodos de medição com a subestação energizada”, explica o professor e pesquisador do Departamento de Engenharia Elétrica da UFPE, Leonardo Limongi.

Ainda em status de protótipo, com o nome provisório de GMS (acrônimo em inglês de Ground Measurement System), e pesando cerca de 20 kg, o novo equipamento consiste numa mala, como aquelas de rodinhas que são levadas em viagens. Quanto à usabilidade, o conceito é o mesmo dos smartphones: simples, prático e intuitivo, sendo tudo controlado por um computador de mão e contando, apenas, com um botão de liga/desliga. O resto é feito no tablet. Integram a iniciativa os professores e pesquisadores da UPFE, Fabrício Bradaschia e Gustavo Azevedo.

Com base em experiências passadas, os especialistas condicionaram o GMS para salvar tudo automático, a fim de evitar o operador se esquecer de salvar algum indicador – “o que já ocorreu com outro equipamento”, segundo Limongi. O professor também explica que, por integrarem as estruturas de subestações energizadas e possuírem um amplo número de funções, sendo a proteção um dos seus focos principais, os sistemas de aterramento exigem uma avaliação permanente devido não só ao envelhecimento das malhas de terra, como também a problemas de corrosão, ocorrência de vandalismo, assim como a ação de pessoas qualificadas ou não.
“Daí a necessidade se de realizar inspeções visuais periódicas, além da medição da resistência de aterramento com objetivo de garantir o funcionamento e as exigências legais estabelecidas na norma de segurança NR 10”, afirma ele.
EQUIPAMENTO

Desenvolvido na UFPE com dois parceiros comerciais de peso – Neoenergia (financiamento) e a Montrel Tecnologia (desenvolvimento e comercialização) – o novo produto é 100% nacional, inédito na área de medições de aterramento e terá impacto em todo setor elétrico. O equipamento está sendo concebido no âmbito do Projeto de P&D Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) “Sistema de Medição da Resistência de Aterramento em Subestações Usando Fonte de Injeção de Corrente”, e terá como principais características a alta precisão e a exatidão nas medições; com seu sistema de medição completamente isolado e com foco na segurança operacional, além de ser enquadrado na como categoria CAT IV na norma de segurança IEC 61010-1.

No início de maio passado, os professores realizaram medições nas malhas de aterramentos das Subestações de Tatuí e Limeira, da empresa Elektro (Grupo Neoenergia), na região de Campinas (SP). Com duas fases da cadeia de inovação – Cabeça de Série e Lote Pioneiro –, o projeto tem duração de três anos, com final previsto para 2023, e já se encontra na última fase da cadeia de maturidade da Aneel.

Mas, segundo os criadores do aparelho, já existe um demanda grande no mercado; muita gente querendo saber quando será comercializado. Em paralelo, a Montrel já está estruturando a produção e a comercialização do produto que, inclusive, já conta com patente junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), em nome da UFPE, Celpe e Montrel.

 

Fonte: Diario de Pernambuco

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