Moradores do entorno relataram que já haviam percebido problemas na estrutura da construção. “A gente avisou à Defesa Civil, falava com líder comunitário. Tinha rachadura, buraco na janela e água minava muito [pela parede]”, contou Taíse Lima, que mora numa casa próxima ao imóvel.
O imóvel fica na Avenida Recife, nas proximidades ao supermercado Atacadão. Taíse relatou ter ouvido três sons altos, antes de ver a nuvem de poeira subindo. “Pegamos as crianças e corremos para o quintal”, recordou.
O imóvel era alugado. O locatário e proprietário da loja Filareti Nobre, negou que houvesse rachaduras ou vazamentos por baixo. “Há dois anos que estou nesse prédio. A gente trabalhou ontem [terça] o dia todinho, porque aqui o horário era de 8h às 17h. […] Quando eu saí, que cheguei em casa, foi que ligaram para mim”, contou.
Nobre afirmou que se alguém foi procurado, deve ter sido o proprietário do imóvel, mas que ele desconhecia problemas. Agora, o desafio é tentar repor os prejuízos.
“É imensurável o prejuízo que eu tive. […] Documento, tudo. Eu não sei nem mais o que vou fazer. Eu só tenho essa renda”, declarou o proprietário.
Apesar do ocorrido, Nobre contou que ficou aliviado por saber que não houve feridos ou vítimas. “Os bens, acontece, a gente perde e pode recuperar. Eu sei que vai ser muito difícil, mas a vida é que é primordial. Então, graças a Deus que não houve vítimas nem na parte da loja, nem na vizinhança”, disse o proprietário.
Vistoria
A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) informou que fez o desligamento da energia do prédio ainda na terça-feira (13) e liberou para atuação do Corpo de Bombeiros, que encerrou a atuação por volta das 21h.
A Defesa Civil fez uma primeira avaliação na noite da terça, mas um trabalho mais detalhado foi iniciado nesta quarta.
“A gente precisa fazer essa avaliação, eliminar todos os riscos e, depois, verificar todas as causas desse ano terrível. Graças a Deus, não teve vítima. Porém, nossa prioridade agora é verificar todo o entorno”, declarou Sinomar.
Segundo o secretário, os moradores dos imóveis interditados foram dormir na casa de parentes.
Fonte: G1 PE